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Tudo o que Precisa de Saber sobre o Atum: Uma Visão Abrangente

22-02-2024

O atum é um dos peixes mais populares e amplamente consumidos em todo o mundo, conhecido pela sua carne saborosa e versátil. Neste artigo, exploraremos as características do atum, as diferentes espécies, as artes de pesca utilizadas, os seus benefícios nutricionais e os tipos de corte que o tornam tão apreciado na culinária global.

 

Características Gerais do Atum – um dos Predadores Mais Velozes dos Oceanos:

Desenho de um atum.

O atum é um peixe de corpo alongado e hidrodinâmico, adaptado para longas migrações em águas oceânicas tropicais ou subtropicais. A sua boca é grande e igualmente alongada, e as suas duas barbatanas dorsais são bem separadas e seguidas por grupos de lepidotríquias. A sua barbatana caudal é bifurcada.

Este peixe é conhecido pela sua rápida velocidade e força, características que o tornam um desafio emocionante para os pescadores.

O atum, e as suas espécies vizinhas, possuem ainda a capacidade de elevar a sua temperatura corporal acima da temperatura da água onde nadam, devido ao seu sistema vascular especializado. Por esta razão, conseguem nadar ao longo de todo um oceano. Num único dia, eles conseguem nadar até 170 km.

Normalmente, o atum forma cardumes com espécimens da mesma idade que podem atingir as centenas ou milhares de indivíduos.

É um predador activo, alimentando-se principalmente de outros peixes, crustáceos e lulas.

A sua carne vermelha é rica em proteínas e possui uma textura firme e suculenta, tornando-a ideal para uma variedade de preparações culinárias.

 

Espécies de Atum – Conheça Mais a Fundo um dos Peixes Mais Famosos do Mundo:

Existem catorze espécies de atum, pertencentes a 4 géneros, cada uma com suas próprias características distintas. Algumas das espécies mais conhecidas incluem:

1 – Atum Rabilho (Thunnus thynnus): Conhecido pela sua carne rosa-escura e sabor marcante, o atum-rabilho é uma das espécies mais valorizadas comercialmente. Pode-se identificar esta espécie através da sua barbatana peitoral mais curta, da cor prateada dos seus flancos e região ventral, que são atravessadas por uma série de linhas transversais, da cor castanho-avermelhada da sua barbatana dorsal e através da cor da sua barbatana anal e pínulas, que são de um amarelo escuro orlado a preto.

Um atum rabilho.

2 – Atum Patudo (Thunnus obesus): Esta espécie de atum tem uma carne rosada e é frequentemente encontrada em águas tropicais. É muito apreciada na ilha da Madeira, devido ao sabor da sua carne. A mesma distingue-se através do seu olho grande (maior do que as restantes espécies), da sua barbatana peitoral longa, da cor amarela da sua 1ª barbatana dorsal, pelo amarelo-claro da sua 2ª barbatana dorsal e anal, e através das pínulas amarelas orladas a negro.

Um atum patudo.

3 – Atum Albacora (Thunnus albacares): Também conhecido como atum-amarelo, este é um dos tipos mais comuns de atum, valorizado pela sua carne clara e sabor suave. A sua distinção faz-se através da barbatana peitoral longa e da 2ª barbatana dorsal e barbatana anal muito longas e de cor amarelo brilhante.

Um atum albacora.

Atum Voador (Thunnus alalunga): Esta espécie de atum tem uma carne rosada mais esbranquiçada. É distinguível das outras espécies através da sua barbatana peitoral muito comprida, da cor amarelo escuro da sua 1ª barbatana dorsal, da cor amarela da sua 2ª barbatana dorsal e anal, das suas pínulas escuras, e através da margem posterior da sua barbatana caudal, que é branca.

Um atum voador.

Gaiado ou Bonito (Katsuwonus pelamis): Apesar de não pertencer ao mesmo género que os anteriores, esta espécie de atum é digna de menção, por ser muito apreciada nas ilhas portuguesas e pela indústria conserveira no geral. Esta espécie distingue-se através do seu tamanho mais pequeno, do seu dorso escuro, das listas escuras horizontais que atravessam o seu ventre, dos 14 a 16 raios duros presentes na sua 1ª barbatana dorsal e pelo facto de não ter escamas.

Um gaiado.

 

Artes de Pesca no “Mundo do Atum”:

A pesca do atum é realizada utilizando as seguintes técnicas:

  • Palangre: Este é um tipo de arte de pesca à linha, constituído por uma longa linha principal, de onde dependem várias outras linhas mais curtas, a intervalos regulares, com anzóis na ponta de cada uma delas. Deste sistema também fazem parte flutuadores (bóias) e lastros (ex: chumbo ou pedras) que são responsáveis pela flutuabilidade e afundamento do sistema. Este tipo de pesca é ideal para capturar peixes que habitam zonas mais profundas, como o Atum Voador, o Atum Patudo e o Atum Albacora. 9% do atum capturado globalmente é pescado através deste método. Como a taxa média de captura acidental deste método é de 20%, têm sido tomadas medidas de mitigação para evitar a captura acidental de vida marinha.

Pictograma que demonstra a arte de pesca palangre.

  • Salto e Vara: Neste método, os atuns são capturados um a um através de um anzol preso a uma linha, que por sua vez se encontra presa a uma vara. Chama-se “Salto e vara”, pois neste método é utilizada a técnica do salto, que consiste em puxar o peixe para bordo com um só movimento, fazendo-o saltar. Esta é uma arte utilizada em todo o mundo, representando 8% da captura global de atum. Os maiores produtores de Salto e Vara são o Japão (100.000 toneladas), a Indonésia (90 000 toneladas) e as Maldivas (76 000 toneladas). No âmbito de preservação de espécies, esta é uma arte melhor, pois reduz a captura acidental de tubarões, tartarugas e outros animais marinhos de maior porte. Esta é a técnica utilizada pelos atuneiros das ilhas portuguesas, Açores e Madeira.

Pictograma que exemplifica a arte de pesca Salto e vara.

  • Pesca do corrico: Esta arte de pesca consiste em várias linhas com anzol arrastadas atrás do navio de pesca. Este tipo de pesca representa 2% do total de pescas globais de atum. Apesar de os dados serem limitados, acredita-se que a pesca de corrico tem uma baixa percentagem de capturas acidentais.

Pictograma que demonstra a arte de pesca do corrico.

  • Redes de emalhar: Esta é a arte mais utilizada no Oceano Índico. Consiste na montagem de equipamento composto por uma, duas ou três paredes de rede, ancorado ao fundo do oceano, ou deixado à deriva, livre ou preso à embarcação de pesca. Este método representa 4% do total das capturas mundiais de atum, mas 30 a 40% das capturas são atribuídas às redes de emalhar do Oceano Índico, de acordo com a Comissão do Atum do Oceano Índico (IOTC). Apesar da análise dos dados ser complexa, um estudo recente concluiu que as capturas acidentais provocadas por este tipo de pesca são elevadas. As redes de emalhar são responsáveis por 64% de capturas de tubarões, segundo a IOTC. Acredita-se igualmente que a elevada mortalidade das tartarugas no Oceano Índico deve-se a este método.

Pictograma que demonstra a arte de pesca com redes de emalhar.

  • Redes de cerco: Tal como o nome indica, esta técnica envolve fazer um cerco a um cardume de atuns utilizando uma rede de grandes dimensões. Esta arte é consistente e eficiente, permitindo capturar grandes quantidades de atum. Este é o método mais utilizado, representando 66% do total de capturas globais. Esta arte de pesca, quando utilizada em cardumes a nadar livremente, apresenta uma taxa de captura acidental de 1%. No entanto, quando utilizada em conjunto com dispositivos de agregação de peixes, a sua taxa de capturas acidentais varia entre os 1% no Oceano Pacífico oriental, a quase 9,5% no Oceano Atlântico.

Pictograma que exemplifica a arte de pesca com redes de cerco.

em “https://www.iss-foundation.org/tuna-stocks-and-management/tuna-fishing/fishing-methods/

 

Nutrição – Descubra o Tesouro Nutricional dos Mares:

O atum é um alimento altamente nutritivo. Excelente fonte de proteínas magras, ácidos gordos ômega-3 e uma variedade de vitaminas e minerais essenciais, tais como selénio, ferro, magnésio, potássio, fósforo, sódio, vitaminas do complexo B, niacina, B1, B6 e B12.

Tabela com os valores nutricionais do atum.

Os efeitos destes nutrientes no nosso corpo são os seguintes:

Ácidos gordos ómega 3: Atua na saúde cardiovascular;

Ferro: Nutriente essencial para o transporte de oxigénio e formação de glóbulos vermelhos no sangue, para a produção de energia e para o fortalecimento do sistema imunitário;

Fósforo e Magnésio: Minerais necessários para a saúde dos ossos e dentes e bom funcionamento do sistema imunológico;

Selénio: Prevenção de doenças crónicas;

Sódio (mais presente no atum em conserva): Funcionamento das contrações musculares, impulsos nervosos, equilíbrio de água no organismo;

Niacina: Crescimento e desenvolvimento saudável;

Vitamina B6: Bom funcionamento do sistema imunológico.

Vitamina B12: Bom funcionamento das células nervosas e do sistema neurológico e produção de glóbulos vermelhos e células do tecido ósseo;

em “https://saboreiaavida.nestle.pt/bem-estar/

 

Tipos de Corte – Desvendando Alguns Tipos:

O atum pode ser cortado de várias maneiras, dependendo da preparação culinária desejada. Alguns dos cortes mais comuns incluem:

  • Sashimi: Fatias finas de atum cru, frequentemente servidas com molho de soja e wasabi, destacando a textura e o sabor fresco do peixe.
  • Filete: Cortes grandes de carne de atum, ideais para grelhar, assar ou preparar no forno.
  • Lombo: Uma seção nobre do atum, valorizada por sua carne macia e suculenta, frequentemente grelhada ou selada rapidamente para manter a textura delicada.

Já os cortes praticados pela nossa empresa são os seguintes:

– Corte japonês, Lombo com espinha e sangue, Lombo com pele, Lombo limpo, Ventrecha, Posta, Bifes, Taco com pele, espinha e sangue, Taco limpo e Caldeirada.

Veja os cortes que temos disponíveis para cada espécie em Patudo, Rabilho, Albacora, Voador e Gaiado.

Mulheres a arranjar atuns patudos.

 

Se quiser sugestões de como preparar o seu atum, visite as nossas receitas.

 

Concluindo, o atum é um peixe versátil e nutritivo, apreciado pela sua carne saborosa, e amplamente utilizado na culinária global.

Se pretende adquirir atum de qualidade, não procure mais e fale connosco!